Morreu Saramago e com ele uma parte deste Portugal que há séculos se debate entre a vida e a morte, entre o ser e o parecer. Com ele morreu uma parte da Ibéria, ou da Hispánia se preferirem. Sem ele, hoje, o mundo está mais pobre.
Saramago amava a sua terra, o país onde nasceu e acreditava que o mundo podia ser melhor, mesmo quando os que agora se apressam a improvisar solenidades e funerais de estado, lhe voltaram as costas e desautorizaram a escrita. Saramago amava profundamente a sua língua, que era, no fundo e verdadeiramente, a sua pátria. O homem que fez mais pelo reconhecimento universal da língua Portuguesa do que Camões e Pessoa juntos (perdoem-me a heresia os que pensam que o é) teve que exilar-se, qual Gladiador, em Lanzarote e, desde aí, continuar a fazer-nos chegar o seu pensamento.
Humildemente queremos deixar aqui a nossa homenagem, mais que ao escritor e prémio Nobel, ao homem, ao pensamento, ao carácter.
Saramago, descansa!
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sábado, 19 de junho de 2010
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