segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

um bom anus p'ra todus

Daqui da Zonia Amor, em plenu curassom d'Africa, us nossus mais sincerus botus de um fantásticu 2008.



Na hora da berdade(zeruoras)jurem tôdus i diante da bandeira, ser melhores pró anu.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Beinha de lá êsse 2008

2007 foi um grande ano para os Trabalhadores, apesar de ter aumentado o desemprego em Portugal, mas nós, como os políticos, sempre encontramos o lado positivo do assunto. Até porque, analizando-o desde o ponto de vista da nação Pôrtucale, o desemprego saiu bem parado, já que a norte do Minho a coisa melhorou consideravelmente, por influência de “nuestros hermanos do Reinu D'Ispainha”.

Mas não gastemos mais “tinta” com futilidades, já que o IMPORTANTE está para vir. Isto é o fim de 2007 e o início de 2008.
E não podíamos ter tido melhor sorte: despedir o ano fora das nossas fronteiras, em Lisboa nomeadamente, num programa que fala do passado. Com o quarteto do Gato Fedorento vamos dizer adeus a 2007, pois subiremos ao palco ainda este ano, supostamente em horário de grande audiência, ou seja entre as 22.30 e as 23.00. E para que o passado se faça sentir, que melhor tema que o “passado”, repassado, reciclado, enervante, reiterativo, visto e revisto “Chamem a pulíssia”? Bom, a boa notícia é que não será em 'playback'.
Mas, eis que chega 2008 e com ele um especial de Ano Novo, na Porto Canal, a televisão da Nação por excelência, com 2 horas de um programa intenso em que tudo pode acontecer, desde um baile de Casino abrilhantado pelo conjunto Espectáculo até uma tertúlia entre insignes comentadores escolhidos a dedo. Com dezenas de participantes, ainda que muito parecidos uns com os outros, este programa promete um início de ano palpitante.

Mas que é isto? Que fazia o Pol Macarta neste programa?



Altamente recomendável para quem necessita de esquecer as suas próprias misérias por uns momentos enquanto se ri das alheias... Não não falta nenhum R, não senhor! Não queria dizer alheiras!...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

DIA 22 andá roda

Para bariar um pouca prosa

Li aquí á tempu cu Devadip Carlos Santana tinha bistua birgem i tinha feitum pactu cu ela.
Á anus queu tamém deixei de jugar na lutaria, inda queu num fassa pactus cuninguém.
Só quêstanu fui passar um fim de semana ó Covelo (na Galiza, ó lade Pontareas) um lugar tam indescritíbelmêente subelime cumu frio nu Imbernu, i bi, ó milagre dus milagres, U NÚMARU. Num sei u que tinhesse númaru, mas foi paixom à primeira bista...i só tinha nus bolsus os 20 eurus justus, numa terra ônde num se pode pagar nada que num seija com carcanhol, pois TPAs i Multibancus inda num som tradissom pur essas paraiges.
Entretauntu, passiandu pura cidade, cunstatei cumu muintus impresárius da utelaria tenhem as cautelas que partilhom debaixu, ó lado ou por cima dum sauntinhu ou dumeimaige dentru duma redôma. I entom pensei: I se metesse uma cuinha à birgem cuàjuda du Santana?!
Meu ditu, meu feitu. Peguei nu binile du Abraxas (gandalbu) i meti lá u décimadequiridu, cum rabinhu de fora (num ba u diadu tessêlas i isquecerme ôndu tinha metidu).
Agora a minha ganda dúbida, é su Santana só passou a tar na base de dadus du Baticanu cuandu finalmênte atinoue i grabou aquela bela meludia da Europa.
Na bolta u Abraxas bai é darmazar – a capa é cuase tam iscandalosa cumó “Mais um membro p'rá Europa” – mas é um gandalbu u Abraxas!
Teinhu quisperar até canda roda.

Serjom



Para variar um pouco a prosa

Li aquí há tempo que o Devadip Carlos Santana tinha visto a virgem e tinha feito um pacto com ela.
Há anos que eu também deixei de jogar na lotaria, ainda que eu não faça pactos com ninguém. Só que este ano fui passar um fim de semana a Covelo (na Galiza, ao lado de Ponteareas) um lugar tão indescritivelmente sublime como frio no Inverno, e vi, Oh milagre dos milagres, O NÚMERO,. Não sei o que tinha esse número, mas foi paixão à primeira vista... e só tinha nos bolsos os 20 euros exactos, numa terra onde não se pode pagar nada se não for em metálico, pois TPAs e Multibancos ainda não são comuns por essas paragens.
Entretanto, passeando pela cidade, constatei como muitos empresários de hotelaria têm as cautelas que redistribuem por baixo, ao lado ou em cima de um santinho ou duma imagem dentro de uma redoma. E foi então que pensei: E se eu metesse uma cunha à virgem com a ajuda do Santana?!
Dito e feito. Peguei o vinil do Abraxas (grande álbum) e meti lá o décimo adequirido, deixando um pedacinho à vista (não vá o diabo tecê-las e eu esquecer-me onde o tinha metido).
Agora a minha grande dúvida é se o Santana só passou a estar na base de dados do Vaticano quando finalmente atinou e gravou aquela bela melodia da Europa. Na volta o Abraxas vai é dar-me azar – a capa é quase tão escandalosa como a do “Mais um membro prá Europa”, mas é um grande álbum o Abraxas!
Tenho que esperar até que ande a roda

"ENTRETANTO PARA QUE NÃO DESESPEREM, DIVIRTAM-SE CLICANDO AQUI".

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

cuais anjus cual carailhu, somus mazé uns Diabus

"!Ó diabu! dissemela..."
Em épuca natalícia festiba, cuandu nus preparamus pá ganda passagem d'anus que s'abizinha, tôdus querem parcer uns ainginhus muintu bem cumpurtadus. Todus sisquecem que passom a bida a tramálas i a pinar u bizinhu i poiem caras de santu. Tôdus mênus nós, que cumu se pode cumprubar nestas imaiges du Tu-tubu, du anu de deus, ou milhor, du anu du diabu de 1986, éramus já entom uns autênticus DIABUS
Beijom que montaige nus fizerum numa sessom du 123 daquela épuca.

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Tradução em estrangeiro para gente de pouca letra:
Em época natalícia festiva, quando nos preparamos para a grande Passagem de Ano que se avizinha, todos querem parecer uns anjinhos muito bem comportados. Todos se esquecem que passam a vida a tramar o próximo, sem deixar de pôr caras de santo. Todos menos nós que, como se pode comprovar nestas imagens do Youtube, do ano de deus, ou melhor do ano do diabo de 1986, éramos já então uns autênticos DIABOS. Vejam que montagem nos fizeram numa sessão do 123 daquela época.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Iducassom = IBLUSSOM



No fim de uma participação gratuita,no Natal dos Hospitais, eu(Miguel) e o Sérgio fomos simpàticamente convidados a atender chamadas numa linha da simpatia que colocava os espectadores do programa, com a esperança que as suas mensagens telefónicas,fossem divulgadas durante a transmissão. Apesar da boa vontade,só quando estávanos no "AR" démos, pelo logotipo da Cofidis ter aparecido à nossa frente, pois o patrocínio nem sequer teve o cuidado de passar despercebido e a RTP não teve a ética de nos avisar e talvez pedir autorização para que a nossa imagem estivesse ao serviço daquela " marca". Miguel Cerqueira...baixista dos Trabalhadores e funcionário da RTP. Espero que as coisas melhorem.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Lucinda passeiasse pura baixa

Há uns dias fui conduzido a um link do Youtube de um video dos Trabalhadores ao vivo no Maxime, no qual se pode apreciar a magistral interpretação do Newmax na Lucinda, ainda por cima com a conivência (não me agrada nada como soa esta palabra) das enormes vozes da Diana (Basto) e da Marta (Ren) e desses dois sublimes “rouxinóis” que são o João e o Jorge, quando pedem em harmónico coro (à Lucinda, claro): “tu num pares de m'amar Lucinda; num deixes nunca de m'amar...”
Ora numa época, em que todas as Lucindas deste país, fazem das tripas coração e da boca sabe-se lá o quê, para arranjar uns trocos e baixar à cidade, na ilusão de perder-se no espírito festivo da Grande Urbe (leia-se consumismo desenfreado e acéfalo da macro cidade), pensei que seria adequado rever o momento que então dedicámos à “piquena”, e em que relatamos as suas aventuras desde que abandonou o lar paterno e chegou à cidade, à conquista das luzes da ribalta.
Aquí fica de novo neste blog.

sábado, 1 de dezembro de 2007

1º de Dezembro - dia da Independência

367 anos de Independência. De quê? Nem sequer é um número bunitu. Terá sidu um dus errus mais crassus da História, i pra cúmulu curruburadu pêla casa de Bragansa?
Purqué que teinhu a bilis nu cauntu da bôca?

Pôis purcagora ca Raianer (escrébesse Ryanair) nus quer trazere us turistas ós milhôins, a trôcu dum descôntu de 4 eurus nas taixas du bilhête dideibolta, us bóis(1)da ANA num querem deixare. I u pior é cus da cumpanhia de baixu custu garantem 10 anus de gandatibidade i 200 nobus postus de trabailhu. Mas nenhassinhe.
Pruguê? Purque lhes pinó negóciu doutrus eroportus. Bom, Vigo agradece meus sinhôres, quinda lhe bai tucar algum...
Ai num acreditom? Ora leiom cum atensom:

ESCÁNDALU

Que prupômus? Pôis u que se segue:...



(1) num cunfundir Bóis cum Bôis, fachabôre

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Trabalhadores na OT

Impensábel pra nós participar numa cêna destas. Mas cuandu nus aprecebêmus qu'éramus us únicus i dignus representauntes dus anus 80, num pugrama inteiramênte dedicadà década, num resistimus i lá pusémus péso caminhu. Bom, a pé num fômus pra num mulhar us biturinus ó cruzar a frunteira, nem gastar sola. Entra C4 ótumática (parcía u carru du Alonso), a janta nu Espalha Brasas (que ricas azazeitônas) i a leitonzada da bolta nu Otábio da Bentosa, até nus passou rápidu i nus isquecêmus da seca quié tôdà preparassom i us insaius pa 3 minutus de guelória.
Tudu istu pa que nu fim casi curressem cus dois chabais. A tiuria da cunspirassom a funciunar. Mas lá us salbarum. Um abrassu pá Jessica i pó Alexandre. Fôrum uns balentes, que num é facil subir ó palcu cus Trabalhadores. Nunca se sabe u que podacontecêre...

Já fôstes à TB?

domingo, 11 de novembro de 2007

ardenmus ohus

Rui Pereira, o Ministro da Administração Interna, anunciou ao país recentemente que este ano quase não houve incendios. Pois que isso não seja pretexto para baixar a guarda e desarticular os meios, com o intuito de poupar. Que não se deixem dormir...
Nós, pela parte que nos toca, continuamos a insistir...
Por isso escolhemos como tema para um novo single exactamente o "Ardenmus olhus".



Ainda assim, para os que creem que estes problemas só afectam ao vizinho, incluimos outro tema, cantado pela Marta Ren (muitos creem que é a voz do João de há 26 anos processada com novas tecnologias, mas se repararem bem a história é outra). No "Ardenmus olhus", versão mais curta para radio, aparecem, tal como na versão original do álbum IBLUSSOM, Berg e Vozes da Radio.
Deem um saltinho ao nosso Myspace e ouçam-nas.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

LEVANTA-TE E FAZ-TE OUVIR!



(ainda em Português da Assembeia da República, ou talvez um pouco melhor)

17 de Outubro - Dia internacional para a Erradicação da Pobreza.
Objectivo Pobreza Zero 2015.

Participando nesta acção, da forma como melhor sabemos, queremos deixar aqui testemunho, de que já por alturas dos anos 80, estávamos atentos ao problema e, de alguma forma, antevíamos que se agravava.
Assim surgiu "Fadecológico", publicado no álbum "Sermões...", tema que aqui publicamente deixamos à disposição desta iniciativa e com cujos direitos de autor, eu pessoalmente quero contibuir para a causa.

FADECOLÓGICO

Abrassu

Serjom

sábado, 22 de setembro de 2007

Notas de imprensa (ainda para exportação)

Pois não, afinal não vamos aparecer hoje na gala da TVI dedicada aos bombeiros, ainda que vários jornais e outros meios anunciem a participação dos Trabalhadores no programa a transmitir do Coliseu dos Recreios sob a designação “Heróis por uma causa”.
É claro que a TVI vai ter uma vez mais um pico de audiência assim que todos os fans dos Trabalhadores do Comercio fiquem estupidificados em frente à 'caixa tonta' na expectativa de ver os seus 'ídolos'. E isto sem ter tido que gastar um tostão com as viagens do Alfa pendular ou da gasolina para que os 5 músicos se deslocassem a Lisboa.
O que faz a crise...

domingo, 16 de setembro de 2007

Notas de imprensa ( em estrageiro que se destinam à exportação)


Anteontem à noite fui um dos muitos convidados que acudiram à festa de celebração do 50º aniversário (quase nada) do nosso amigo e algumas vezes colaborador Rui Azul, que se celebrou no B Flat em Matosinhos. Saxofonista, flautista, compositor, musicólogo, percussionista e um largo etc, o Rui, na foto mesmo a ponto de soprar às velas (eram só duas senão depois não havia fôlego para soprar no 'tubo') apresentou esse documentário musical, que eu tive o prazer de ver e ouvir pela primeira vez, História do Jazz & Blues, para o que contou com a grande ajuda dum quarteto formado por Guilherme Piedade, Alex Rodriguez, Pedro Costa e o meu veterano amigo e companheiro de músicas de há cerca de 40 anos, Alberto Jorge. Um 'groove' único nessas mãos.
Não posso deixar passar em branco o convite electrónico, que só podia sair do 'lápis' do Blu.



Noutra ordem de ideias

Li recentemente num jornal que Manu Chao vai ser levado a tribunal por ter usado excertos de vozes de apresentadores, aparentemente conhecidos no 'mercado' deste gado que habita o planeta. Não sendo um defensor do uso não autorizado da propriedade intelectual, fico no mínimo perplexo com tal rigor das autoridades competentes e dos supostos afectados, numa época em que, sem ir mais longe, todos assistimos, à escandalosa utilização que Madona fez do excerto mais conhecido do tema 'Gimme, gimme, gimme' dos Abba. E Madona não é caso isolado, pois uma imensa quantidade de rappers e hip-hoppers tem feito o mesmo, em muitos casos com a silenciosa conivência dos verdadeiros autores da canção ou do arranjo e interpretação finais, pois devidamente pagos os direitos, ainda que à posteriori, algum ainda lhes chega ao bolso.
Neste caso não posso deixar de, como já vai sendo habitual em mim – que me perdoem alguns – pensar na 'teoria da conspiração'. É que Chao não poucas vezes se solidarizou com causas e movimentos politicamente 'incorrectos', alguns inclusivamente classificados como “terroristas” e muitas outras criticou frontalmente a 'macacada' que controla o 'quintal global'. Além disso basta ouvir o novo 'Raining in paradise' para perceber porque o vão querendo pinar.

sábado, 8 de setembro de 2007

É possível a reencarnação?

Segundu algumas religiôins uriêntais a riencarnassom é um dadu indiscutíbel. Cumu a maiuría saberéis eu num soue muintu dadu acoisas da religiom. Rialmente teinhu sidu um cunfessadu aguenósticu mas, tale cumá Madre Teresa, de quem se boltà falar pura urgência da sua canunizassom – antes ca pulémica istale – eu tamenhe cumessa ter as minhas dúbidas de fé, só que nu sentidu inbersu.
Ora bejam se num é casu para tale. U reberêndu Azevedo (lêsse Azebêdu) é ou num é a riencarnassom de Shubert?



I, sêndu assinhe, sereieu a riencarnassom du sapateiru fanhosu, cu meu abô cunheceu nus primeirus anus du séquelu XX (lá pur 1906 ou coisássim) que tucába a biola i lhinsinoue, ó meu abô, u tangu du Grabiel? U beilhu sapateiru era un mauns largas i imprestaba tudu. Tudu menus a “miola”. “Ó Zé olha ca miola 'unca sim'resta”-- dizíale.

abrassu
Serjom

sábado, 25 de agosto de 2007

Fetugrafias i instantánius.



É inegábel a carga imuciunale que brota dus dois mumêntus cunsecutibus, imurtalizadus pura a mestria da Ni Santarém, durante u cucertu de Afife, na passada Quarta Faira (Cuarta-feira em lisbueta)em que partilhamus palqui públicu cus Azitonas. U Medicis, riencarna cum inorme gabaritu alguns dus berdadeirus artistas, da radiu (cadabez menus) i da telebisom que mais bendem aquí nu quintal. U tal jardim que nus fazarder usolhus, cuandu se queima... I num é que, para nossa/bossa miséria já arde de nobu? Sr. ex-menistru Costa, já percebi tudu: é ca Cambra de Lisboa é tôda de pedrical... i num arde. Assim até eu mudaba de negóciu.

Mas bultandó Medicis, a culpa de tudu istu, foi daquele purteiru du Culiseu du Pôrto que, em 2005 u cunfundiu cu outru, pois as semelhauças dujóclus i dupêntiadu som irrefutábeis. À custa dissu cunseguimus istaciunar a fraguneta lá dêntru, em lugar B.I.P. (ou B.P.I. -- beículu de pessoua impurtante) i u berdadeiru têbe que se cuntentar cum cantinhu de menor istatutu. Coisas du Xou-Bize.
Indá prupósitu du cuncêrtu, um muintobrigadu ós Azeitonas puru conbite. Foi muintu bom i eles som uma ganda banda.

Uns dias auntes...

Uns dias auntes, a mesma reporter fetugráfica reculheu outrus dois mumêntus dibertidus. À primeira bista, estas duas fotus parecem 'iguais', mas á (cum agá) uma inorme difrênsa.

DESCUBRÀ DIFRÊNSA LEITÔRE!




Pois quelaru. Numa istom us Trabalhadores ó cumpeletu i na outra faltó pianista. Ai num éssim? ÁÁÁÁ! É que cuandeu cunheci u Jorge Filipe, êle era igualzinhu ó Pedro, qué um dus filhus. Ele á cada uma!!!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

BEACH BLUES (Bitxe Blus) ou OUTRA GANDA NOITE DUS TRABALHADORES




Poizé, nu Sábadu foi outra ganda noite dus Trabalhadores. Som testemunhas tôdus us (muintus) que inchiam u Nautico de San Vicente (lêsse Sanbicênte) do Mar, mêmali ó ladu du Grobe (este já se pode iscreber assim segundu a normatiba).




Abia cuantidade de tugas que passum ferias ali pur Sanxenxo i que cunheciam milhor algumas das cansoins – batota – mas cuase ó final tôdus cantaru u Cú ó léu, tantu que tibemus que repetila nu “ancore”, i u Chamam a pulíssia.













Quem sabe sêste era um dêles?...


Mas num fiquem tristes us que num fôru, pois amanhá á (com agá) mais. Em Afife, nu Casino Afifense, às 10 da nôite. I num istamus sós. Bom istar OS AZEITONAS i u DJ Gonçalo Mendonça. É a segunda idissom du AFIFE ROCK que já cumessa a criar raizes. Bamus tôdus ajudar a incher u casinu pa ca dibersom seija tutale i pra que pó anu aija mais.



Para os que não entendem a língua ou, simplesmente, possam ser estrangeiros:
Amanhã 22 de Agosto, Quarta feira, às 22.00 horas vai haver Rock, Pop, Reggae, Funk etc, no Casino Afifense, no chamado Afife Rock 2007. Trabalhadores do Comercio, Os Azeitonas e o DJ Gonçalo Mendonça. Não faltem.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Street Blues (lêsse Setrite Blus)


Nu passadu Sábado, tucámus mêmàporta du El Corte Ingles, em Gaia, numa festa da crebeija que cuntinúa de mumêntu i até ó próssimu dia 20 de Agosto. Nesta festa, á (cum agá) música para tôdus us gôstus i nu dia 11 tucounus a nós ser us cumbidadus. Rialmente cuase que repetimus u cuncertu du Batailha, pois tibemus cunôscu, naquele isíguu palcu (cuase tantu cumó du Batailha) a Diana, a Marta i u Manu, cumu já bai sêndabiual, para nossu iternu gôzo i uma primeira parte de gabaritu a cargu dus DUST. Desta bez pràlém dêstes tôdus, subiu ó palcu, i em boua ora, u Rui Azul. U ome beiu mêsmu fazer justissa ó nome que tem, pois num é que isgalhou ali uns rifes de blus cu tenôre... Ganda músicu u Rui Blu.
Déixubus aquí maisàfrênte um iscêrtu du Loucu, u têma adôndu Azul toca nu albu IBLUSSOM. Se crendes oubir mais comprainde u discu (caté é duplo)...

Loucu

Mas istu das festas de rua nem sêmpre corre bem. Ora num é cum cidadom lusu, salembrou de fazer uma sardinhada em plena rua aquí em Vigo (lêsse Bigu). Foi anteonte: muntou a barbacoua nu meiu da calha Real, em pelenu cascu beilhu i, sem meias medidas, gerou ali uma fumarada i um pibete que alertarum uma patrulha de boias quiam a fazer a rônda. Num sei se purque les xeirou a isturru ou purque já ia sêndu ora de meter pá belusa, us dois xuis chigarusse ó purtuga para ver sêle tinha lissensa displanada. I num tinha... U cus 'madeirus' num cuntabu era cu gaiju les desse cumida (dursu). Primeiru atiroules cus peixes, depois cas brasas i, finalmênte ca barbacoua às costas dum dêles. Resultadu: acabou a pom i água nu 'restoraunte' da benemérita. É cafinal sardinhada na rua é tôdusus dias nu Bulebar du Peixe em Matosinhos, i a Cambra Municipale até patrucina cu 'acuáriu de pelásticu' ànunciare a Festa du Mare. Purqué quem Vigo (lêsse Bigu)ía ser difrente? Ele á (com agá) cada loucu.

i jágora se nu Sábadu dia 18 andais pur terras Galegas (ou puru Minho Sul), pudeis ber i oubir us TRABALHADORES ó bibu em Sanvicente do Mar, mêmó ladu de Sanxenxo i antes du GROVE

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

sômisegue!!!

uma boua raixa é sempre uma raixa boua i essa é a nossa de mumêntu. Istu é que támus na boua i cuntinuamus a receber iscelêntes críticas. Beijom este belogue de um artista em fotografia que nus foi ber i oubir na Figueira no dia 7 de Agosto i a quem tibemus u prazer de cunhecer.
abeiramar.blogspot.com

i já sabem,no Sábado 11 em frênte ó Corte Ingles de Gaia, la istaremus cus DUST na primeira parte

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Outra bersom...

Inda num nus tínhamus repôstu da injessom d'adrenalina cua que nus tinhum obesequiadu nu saite "fenther.net" i, nabegaundu purus gabêtus da internete, fômus dar com mais esta nu "Mug Music":

Bersoins (e num suó!)
A crítica musical parece, por esse mundo fora e não só em Portugal, reger-se por um monte de conceitos em que a qualidade musical acaba por aparecer em "minoria silenciada", qual voto em branco no meio de "partidarizações" cheias de dinheiro, digo, argumentos "políticos".

Dito isto, a propósito do lançamento do novo disco dos Trabalhadores do Comércio tenho lido, consoante a "filiação" dos críticos, coisas desde o "Marabilhoso" ao "anacrónico e escusado".

Pois já cá o tenho e não estou a perceber muito bem o que esta gente ouviu (se é que ouviu). O resultado não é seguramente maravilhoso nem me parece que fosse essa a ideia. O que daqui sai é justamente o que a ele levou: o prazer de fazer e tocar boa música. E quando falamos de boa música, por muito que custe a certos "jornaleiros" que por aí escrevem, aqui dentro destas rodelas há muita e muito bem tocada, muito bem produzida e, pricipalmente, com um capacidade incrível de gerar boa disposição. Mesmo quando se vai com "para lá de trintas de carreira", como é o caso de alguns dos músicos implicados, a "Iblussom" é evidente.

Contra o argumento do "aproveitamento de sucessos requentados" tenho a dizer que a mim chegava-me perfeitamente o disco de originais (e não só...), mas já que oferecem o outro, "num digo que nom".

O que a maioria dos críticos também se tem esquecido de comentar são as duas versões adaptadas de músicas de Frank Zappa presentes neste Iblussom, por sinal excelentes (bem, ó Sergio, eu dispensava o faduncho, mas pronto... seja), de Lucille Has Messed My Mind Up e Why Does It Hurt When I Pee (aqui chamadas Lucinda e P.Q.M.D.Q.U.).

Pois aqui fica a tocar uma "traque" desta "berdadeira injéssom anti-depressom" (e vai na volta é por isso que os "Curtis Kobains" desta vida os não curtem), justamente essa "bersom" que dá pelo nome de Lucinda.


Purêstandar bamus acabar tam inxadus que nem cabêmus nas Ti-xartes.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Onte foi gandadia

Onte foi gandadia. U ensaiu cumessoue tarde mas curreu de marabilha, u qué bom sinal prós cuncertus que aí benhem êste mês. 7 na Figueira (Casino), 11 em Gaia (Festa da Crebeija - Corte Ingles).

Talbez uma das razôins fôsse que, finalmênte, ó Alvaro já lhe passaru u certificadu du auntênticu i berdadeiru ABÔ du rock. É cantionte nasceu u Salvador, u seu primeiru netu.
Ou entom é purque saiu prá rua mais uma iscelênte crítica au IBLUSSOM - cagradecêmus du curassom.

http://www.fenther.net/

Trabalhadores do Comércio - «Iblussom»

Para muitos, esta mítica banda portuense, vive apenas e só, em torno do “Chamem a Pulíssia”. Para muitos outros, há mais um ou dois temas que fizeram delicias há uns bons anos atrás e nada mais.
Mas para tristeza de uns e animo de outros, os Trabalhadores do Comercio são o “Chamem a Pulíssia”, são o “Lima 5”, são o “Sim, Soue um Gaijo do Porto”, e são muito, muito mais.

Prova disso, a frescura com que os Trabalhadores do Comercio se apresentaram em palco há umas semanas em Lisboa e no Porto. A vontade, a sede de continuar uma aventura que não ficou perdida, que não foi esquecida.
E para que os mais novos passassem a conhecer melhor esta mítica banda que já fez delícias em Portugal, e para que os mais esquecidos relembrassem os bons velhos tempos passados, a banda de Sérgio Castro, Álvaro Azevedo, João Luís Médicis, Miguel Cerqueira e Jorge Filipe Santos, colocou mãos à obra e extraordinariamente debitam para o mundo, um excelente trabalho de qualidade suprema.

«Iblussom» marca o arranque de uma nova era, uma nova etapa para este grupo de amigos, que nunca desistiu, nunca baixou os braços, e agora, caminha deliciosamente para novas aventuras.
Este disco desperta juventude e vem tentar clarear alguns fantasmas que possam ter ficado de paragens antigas. Nada se alterou na atitude que se mantêm, na linguagem original e única, o “portonhês”…
Houve tempo e vontade de convidar uns amigos. Amigos antigos que acompanharam a banda ao longo dos anos e novos amigos que se juntaram, para esta nova aventura. O resultado? Um disco fresco, inteligente e muito divertido!


Aos cinco Trabalhadores, juntaram-se Rui Veloso, Marta Ren, Berg, Daniela Costa, Diana Bastos, Manu Idhra, Francisco Reis, Luísa Carvalho, Orlando Mesquita, as Vozes da Rádio, Pancho Alvarez, Paulo Filipe Carvalho, Samuel Cabral, Rui Azul, Ugart Anaiak e Newmax. E no final, um duplo disco. Uma pérola para se guardar religiosamente. Não só pelos temas novos que fazem o «Iblussom», mas pelo disco bónus intitulado «Cumpilatóriu».
Este segundo disco, gravado quase que integralmente e num espírito de boa vontade, reúne todos os clássicos da banda! Magnifico! Para além dos temas que marcaram e fizeram história, regista-se a grandeza de Marta Ren, na execução de “De Manhá Eu Bou ó Pom”. Uma busca ao passado, onde João Médicis, era uma criança e desempenhava este tema com uma foz bastante fina! Marta recriou o momento e o resultado é brilhante!

No disco um, que marca verdadeiramente o regresso dos Trabalhadores do Comercio, destacam-se temas perfeitos como “Bares Citadinus”, “Ganda Nagóciu” e “200 Kilus d’Amôre” interpretados por João Luís Médicis, dando assim coragem e força de vontade aos restantes elementos, não fosse ele o membro mais novo da banda. O “puto”.
“Cú ó Léu” para uma perfeita banda sonora deste verão culminando com “Fêbras de Sábadà Noite” igualmente para esta “Silly season” que vivemos!
“P.Q.M.D.Q.U.” a balada perfeita colorida com uma guitarra portuguesa genialmente bem tocada!

Os Trabalhadores do Comercio estão vivos e em forma! Apanhem-nos na estrada para momentos únicos e desfrutem até à exaustão deste registo duplo de maravilhas, duplo de aventuras có(s)micas!

Meus senhores e minhas senhoras, Binde Ber e Oubir Istu!

Vítor Pinto

terça-feira, 31 de julho de 2007

Regressu ó Passadu recênte

Esta já tardaba. Nu passadu dia 2 de Junho, demus un cuncertu nu Manteca, u quelube de Já(zzz) por iscelência na cidade ulíbica, qué u mesmu que dizer Vigo (lêsse Bigu). Nessa noite, antes du ditu, fômus infardar na casa Rojo (dificil ispelicar cumu se lê, purcá que ter um frangu na gragaunta pra cunseguir), que fica ali pós ladus da Pastora, uma ispecie de zôna de turismu rural, plantada entre abenidas i cêntrus cumerciais. U Manolo, bermeilhu de nome i a maiuria das bezes tamenhe de têz, ca bida de restoraunte num é mulêza i u ome num para, tem uma quinta pós ladus de Ourênse, em Arnoia, dônde cultiba, i despois colhe, um binhu albarinhu, uns pimêntus i uns tumates, de chupar us dêdus. U polbu, u peixe em geral i u cabritu som de gabaritu. I se faz calôre, entom u qintal (a finca chamom lhêles) é u sítiu idiale pa istar debaixu da latada, nas mêsas de pedra. Pois nessa noite, à boua maneira Trabalhadora, lá saiu uma lêtra de circunstância, cumas oras mais tarde deu esse ‘Blus é sacrifíciu’ em istreia mundiale.



Cumu se pode apreciar us ieróglifus fôru crabadus nu papel da tualha, mas a tualha istaba na pedra, ou seija uma berdadeira pintura rupestre, que talbez us arquiólugus num seijam capazes de decifrar cuandu, dêntru duns séculus, já cá num istéijamus.
Obiamênte a cansom saiu de imprubisu...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A Iblussom da Hyspanya segundu Saramago.


Saramago teve um sonho. A corte estremeceu. Esse sonho podia tê-lo tido eu, porque possivelmente tem como causa a inquietação que se sente quando, desde um ponto exterior, se observa como o país onde nasceste e viveste uma boa parte da tua vida, mergulha sistematicamente nas mesmas águas estagnadas do desajuste social, da debilidade económica, da burocracia cega e, em proporção inversa, da arrogância institucional. Saramago teve um sonho e transformou-o num pequeño ensaio de ficção, discutivelmene acertado ou não – mas nessa discussão não vou eu entrar pois o ambiente já escalda e não fazem falta. mais achas p'rá fogueira – e tornou-o público durante uma recente entrevista. Desconheço a intenção de Saramago, mas apercebo-me das consequências imediatas das suas palavras. É que surpreendentemente, para mim pelo menos, e a ver pela enorme quantidade de reações (de carácter diverso, diga-se), muita gente parece ter despertado e, espanto, muita gente reagiu e tomou posição.
Obrigado José, creio francamente que valeu a pena. Eu por mim cá vou fazendo o que posso há anos...

Saramago tuvo un sueño. La corte estremeció. Ese sueño bien podría haber sido mío, ya que, probablemente, tiene como causa inminente la inquietud que sientes, cuando desde un punto en el exterior, observas como el país onde has nacido y vivido una buena parte de tu vida, se zambulle sistematicamente en las mismas águas estagnadas del desajuste social, de la debilidad económica, de la ciega burocracia y, en proporción inversa, de la arrogancia institucional. Saramago tuvo un sueño y lo ha transformado en un ensayo de ficción, discutiblemente acertado o no – pero en esa discusión no voy a entrar, pues ya está el ambiente que quema y no carece de mas leña la hoguera – y lo ha hecho público durante una reciente entrevista. Desconozco sus intenciones al proferir tal discurso, pero me doy cuenta de sus consecuencias inmediatas. És que sorprendentemente, para mi por lo menos, y a juzgar por la enorme cantidad de reacciones (digase que de distintos angulos de visión) mucha gente parece haber despertado en Portugal y, sorpresa infinita, mucha gente ha reacionado y ha expresado una opinión.
Gracias José, francamente creo que ha valido la pena. Yo por mi llevo años haciendo lo que puedo...

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Um fim de semana bariadu.



A gastrunumia cuntinuà ser uma das minhas paixôins. I num á (cu agá)salmunela que me desanime. Na Sexta (lêsse seixta) fômus desbundar uma feijuada brasileira de gabaritu a casa du 'Juom' i da Ara. Só faltou u samba. Já nu Domingo, rumámus à Torre de Dona Chama ó incuantru du Miguel, da Isabel i da Raquel (istu é qué uma familia que rima). Sardinha assada (de Bigo) dentrada i entrecôstu de pôrcu à saída. Istu mais a binhassa da terra, fôi tiriqueda... Ó pra lá saiunus este curiosu izempelar pura frente. Já cunhecíamus us camiôins-palcu das urquestras galegas, agora puti-clus ambulantes, sim qué supresa!!!

Domingo
A bolta, via Chaves, Verin, Ourense i Ribadavia, apanhamus a Radiu Naciunale RNE3 i cumfirmamus u qu'eu ja descunfiaba á (cu agá) muintu têmpu: Cu deseiju secretu du David Bowie era puder ser um Trabalhador du comérciu. Ora oussom!

domingo, 8 de julho de 2007

A OITABA das '7 Maravilhas'

Inda que num tibesse istadu numinadu, IBLUSSOM pudia ter sidu uma das 7 marabilhas a cuncursu. Plu mênus na nossa upiniom. Assinhe, que inda que tibéssemus idu representar a Tuarre dus Quelérigus, num deixámus pur mons alheias us bares da cidade, ou u qué u mesmu, us ‘Bares citadinus’. Toma lá pugrama...



I cum tudu istu até nus librámus de cauntar u fadu...
Mas a graunda marabilha foi a biaje. Fômus i biemus cu quim, cu quimboiu. Us 5 ispelêndidamênte instaladus na carruaige numaru 1, as 2 oras i curenta i cincu minutus da biaige, até parceru curtas... Deu pa falar, pa tumar café o larainjada... Nada que ber cu trem du 'Quem dera'. Já nem cheira em 'Cacia ó pé d'Abeiro'. Cumu mudaru us tempus!... Ou foru us nossus narizes que se turnaru insensibeis?
uma autêntica marabilha de dia.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Biciadus, Live Earth, Cumideius Trabalhadores

Este post (palabra inguelesa) pudia tar num belogue de caracter pessuale, mas cumu u queu teinhu tá iscritu em inguelês, indapurcima parado á (cum agá) um bom pardanus, achei quiu (ó post) pudia culucar aqui neste belogue, até porque sei ca filusufia du restu da marailha deste grupu aunda maisómenus puresta linha.

Li na BBC (um bíciu que trousse dinglaterra) um debate sobre a questom du aquecimentu glubal, i sobre siu problema debe recaíre na pupulassom ou nus gobernus, questom essa que fez com quiu meu cerbru pensasse numa base mais metafísica i isistenciale.

Lembrei-me purizemplu de quius Trabalhadores nom bom ó Live Earth (terra biba), ibentórganizadu puru eis-bice presidente desse monstru que comiusoutros antes de se comer a si, i que dessa maneira ádacabar pur nus fuder a todos com fomifaltadar. Num bamus, i num temos ninhum prubelema cum issu nem cum quem bai, mas fica sempre a dúbida acerca da berdadeira intensom pur trás distu tudu. Um eis-gobernantufensibu turnadu ibangelista du pelaneta cheira tom male cumó pelaneta em si, i u pobu adere a istu tudu pra ber us cunjuntusatucare, i us artistas adere pra ber us discus a passare, mas depois regressó cutidianu de cunsumu i cunfortu iscessibus.

Purissu alertaba um leitor da BBC quiu problema du aquecimentu guelubale debe ser tratadu pelus gobernus, uma bez quius membrus du publicu em gerale som demasiadu biciadus nu cunsumu desinfriadu, i na formeisplêndida cumu issus fazisquecere a merda dus impregus que teinhem, ia bida sem sentidu que lebu. É a religiom du Ferrari, da quale este indibidu opiniunadu se calhar faz parte (inda que nom cumungue).

Mas cus gubernantes quiá, i cua cualidade da quelasse pulítica nu mundu todu (a de Portugale fica loguabaixu da dámerica latina), a coisa fica um bucadu intalada entraispadeiaparede.

É um dilema dificel de resulber. Mas siu Gandhi disse que debemus ser a mudança que cremus ber nu mundu (gostu muitu desteideia), a sulussom debe mesmu passare pur cada indibidu, ispecialmente se cremus mais que pó, istercu, óliu i fumarada pa cumere dentru de poucusanus, i se cremus cus nossus filhus celebrem us seus 25 anus!.

Purissu meu pobu, recunhessom us bossus próprius bícius, i fassom uma desintoxicassom. Eu já cumessei.

Dizió Arte & Oficio á (cum agá) 25 anus: "Civilisation is our ending, it's just a way of dying". Mais palabras mestras du Serjom! Parece u Nostradamus, ou u George Orwell :)

Juom

quarta-feira, 4 de julho de 2007

finalmente nu MYSPACE

é rialmênte uma irritassom, que sêmpre que sais á rua te preguntem: já bistu 'mai speice' du Peter Blackthorn? i u du Roy Speedman?
Ou que te afirmem cum ar de quem é intendidu na matéria que us 'Artic Monkeys' ficaru famosus à custa du ditu saite da NETE.
Pois já tá. Us Trabalhadores tamenhe já tenhem u seu gabêtu (pur agora é só um nixu)nu 'MYSPACE' (lê-se mai speice)i a istreia fêzse cu`'Cordabida' u que num deixa de sêr uma genuina reibindicssom.

Cordabida

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Dibirtonse
Serjom

domingo, 1 de julho de 2007

Du norte du Cundado ó Brasil, ideibolta, biADSL

Istu discreber em nortense nu maribilhosu mundu da Internete tem muitas bantaijes. A primeira, quelaro, é que pudemus iscreber com maior certeza na urtugrafia, i assim ibitaruzerrus. A sigunda é que pudemus difundir i partilhar a nossa cultura puroutras partes du guelobo, i cum issu sermus presentiadus cum dozeziguais de cunhecimentu.

Case in point (ispressom inguelesa) é u que nusenbiou um nobo amigu do Brasil, Eduardo Camargo, que nus descubriu atrabés deste belogue, i quimpressiunadu cu cagente iscrebe aqui, nusembiou uma pérula do Brasil, maizizatamente du istado de Minas Gerais.

Pa lere, basta seguir a fonética das palabras, i u som brasileiru aparece ótumáticamente. Istu é qué u berdadeiru acordu urtugráficu, num é aquela merda que nus tentaru impingir á (cum agá) uns anus! Muitóbrigadu ó Eduardo!

Aqui bai u teistu:

(leia com pausas somente nos pontos) SUDESTE (MINAS GERAIS)

Esturdia cumpai Tumé contô qui u Zé chegô tardi in casa tontim qui nem gambá moiadu i a Maria num quissabê cunversa e sentô a mão na cara du infiliz. Ele inté qui quis dizê qui tava trabaianu inté mais tardi mas uns cumpanhero de sirviço tinha passado preguntanu pru ele. Ah, vixe santa o Zé ficô dirrubado i apanhô inté debacho duis suvaco. Deu no rádindagorinhamês. Cê iscutô? Ela inté falô qui vai largá deli.

Tradução:

Um dia desses o compadre Tomé contou que o José chegou tarde em casa, bêbado como um gambá, e a Maria não quis saber de conversa e lhe deu um tapa no rosto. Ele até tentou dizer que havia estado trabalhando até mais tarde, mas uns colegas de trabalho haviam passado perguntando por ele. Ah, Santa Virgem! O José ficou deprimido como quem levou uma surra daquelas que fica doendo até nas axilas. Deu no rádio agora mesmo. Você ouviu? Ela até disse que vai se divorciar dele.

Um exemplo mais extremo (Mineirês )

Sapassado taveu na cuzinha tomando uma picumel e cuzinhando um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com galinhassada. Quascaí de susto, quando ouvi um barui de dendoforno, pareceno um tidiguerra. A receita mandopô midipipoca dentro da galinha prassá. U forno isquentô, u mistorô e o cú da galinha ispludiu!! Nossinhora! fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais!!     Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovinha, proncoía, oncotava. Óiprocevê quelucura!!! Grazadeus ninguém simaxucô!

Tradução:

Sábado passado eu estava na cozinha tomando uma pinguinha e preparando um quilo de carne com extrato de tomate para fazer um macarrão com galinha assada. Quase caí de susto quando ouvi um ruído que vinha de dentro do forno, parecendo artilharia de guerra. A receita dizia que era para pôr milho de pipoca dentro da galinha para assar. O forno esquentou, o milho estourou e a ânus da galinha explodiu. Nossa Senhora! Fiquei branco como leite. Foi algo muito estranho. Quase caí dentro da pia. Fiquei sem saber de onde vinha, para onde ia ou onde estava. Veja só que loucura. Graças a Deus ninguém se feriu.

sábado, 30 de junho de 2007

Pom i Febras pa quem inda tem fome ou mais un nacu de Trabalhadores ó bibu nu Maxime

Cumu é du cunhecimêntu giral, i se nulué que passassêlu, nestas biajes du roque, us milhores mumêntus som normalmênte à mêsa (sem ser a de mistura), côisa que se pode fácilmente cunstatar, cunferindu as respetibas faturas. Pur issu nu Domingo 17, já de bolta pó NORTE, saímus nu Pombal i fômus bisitar u Marquês, u du arrôz de tumate i afins. Cumu sêmpre binhu garrafas de bi…, que digu, sagora num se bebe cu prigu i a multa ispreitam... binhu trabessas de bulinhus, de bacalhau fritu, xamussas, feijom fradinhu, febras i pom. I u pôbu deule de fininhu. Pois à falta de imaiges desta última cumezaina da biaije, aquí ficu mais dois altus mumêntus du cuncertu du dia anteriore que falam justamênte dissu: Pom i Febras. Bibam essas duas gandas mulheres que nus alibiam u pêsu da responsabilidade d'afinar: Marta i Diana.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

um bom par de mumêntus irrepetibeis du Maxime nu dia 16 de Junho

Dedicadu ó Pedro, puru dia du seu 0 (zeru) anibersáriu.
U dia 16 foi rialmênte um dia graunde. Graunde inclusibamente pur interminabel. Ispelicu: cumessámus logu de manhá a currer pó Maxime, pa um ‘saunde xeque’ matinal – cafinal só se fêz opois du almôssu. Istu apesar de queu, u João i u Miguel istibéssemus na cumissom de recèssom à Marta (Ren) i à Diana(Basto) inté às cuatru da matina da nôitantriore. U Jorge i u Alvaro, a essa ora, já runcabu cumu suinus.A seguire ó ‘xeque-saunde’ lá tibemus quir a currer pa Cascais, adônde chigámus, nus suprendêmus cu bek-laine – era muintu fixe – i às 9 i meia tucámus um ‘xou-queise’ de 5 cansoins cum ganda cacête. Ó treminar na FNAC pés, ou milhor, rodas à istrada pra chigar ó Maxime sem setresses. Mas nu meiu de tudu istu, insaiámus cu Berg a ‘Lucinda’ i u ‘Ardenmus olhus’ cum biloa selaide i tudu. Intretauntu chubia a cauntarus lá pós ladus de Leiria i us Expensive Soul biru u seu cuncertu anuladu, puru que u Newmax i u Meireles decidiru, i muintu benhe, bir de bisita ó Maxime, trazêndu cunsigu u Dino i u Virgulo (Da Weasel). Ó mêsmu têmpu u Berg i a mulher já num pudiom isperar mais i decidiru, i muinto benhe, sêr pais (i mains) naquela mêsma nôite. Bai a gênte i pa num ficar orfa nu palcu, cunbida u Newmax para repetir u du Batalha. Gandônda. É só picar na feleixa.



Outru ganda mumêntu du cuncertu du Maxime fôi, cumu já bai sêndu abitual, u desimpenhu isêmpelar du Medicis nu '200kilus'. Digamus quié a muintu particular maneira dus Trabalhadores omenagiarem uma boua parte dus 4 milhôins de obêsus que á (cum agá) em Portugal, numa épuca em que u Istadu, temêndu a iminênte falência da Siguraunsa Suciale, mostra (finalmênte) sinais de priocupassom.



Amanhá á (cum agá) mais.
Serjom

terça-feira, 26 de junho de 2007

U Restu du Batalha

cumu tínhamus prumetidu aquistá a sigunda parte du cuncertu du Batalha, cum "ancore" i tudu. U pôbu istaba rialmênte cuntênte i nós i us cunbidadus tamenhe. A "bôca" era liiii...inda, i a sensassom de istar a ser 'cumidu' inquantu se toca é inda milhor ca das bergastadas da Diana Basto. U Pigma, a Rita, a Ara, a Catarina, us xabalus da Escola de Mariz i u pessual da Linha Limão, todus cuntribuirom para êsse ganda cenáriu que istaba nu palcu du Batalha. Pa êles u nossu iternu 'Benhajam'



Finalmênte estiberu em palcu us DUST (ganda banda de roque), na primeira parte du ispetáclu i, pur orde de intrada, Diana Basto, Marta Ren, Newmax, Manu Idhra, Vozes da Radio i Orlando Mesquita. Obebiamênte u Nuno Meireles i u Pedro Rangel foram us que fizeru cunca coisa suasse. A Laura Rodrigues i u (Sr.) Brandão (ganda cumpanheiru de liceu)da Associação Comercio Vivo i a Silvia Leite du Batalha foru us da ideia. Um abrassu especial à Liliana puru iscelênte jauntar serbidu i ó Isidro i ó Joaquim (da Rádio Nova)pur nus alegrarem a bida ca música dus Arte & Oficio nus curredôres du cinêma.

domingo, 24 de junho de 2007

Num saltei á fugueira, mas u Som Juom acendeunus a lareira.

Onte decidimus num ficar nu Porto pra ‘noite mais lônga’, grassas à indecisom que se apuderou de nós au ter copetar pur ir à Prassa ou à Rutunda oubir a mensaige de cualquer dus pianistas de serbisso nus respetibus curetus. Por issu biemus saltar à fugueira pra Vigo (lêsse Bigo). U pior é que a cunfuzom em Boussas era tal, que nus tucou cumer as sardinhas em pé (cumu manda a tradissom) i ter quisperar pur elas um bom par de meiasoras. Pur tudu issu, cuandu quizémus saltar à fugueira já só abía cinzas i já num tinha grassa. A boua nutícia é que fômus pa cama cêdu, cheius dadrenalina i ganas de farra.
Já oije de manhá, mêsmu auntes de sair pra ir ó cabritu da praixe, tucou u telefone i, du outru ladu, a boz inconfundibel da Diana Basto me preguntou: ‘já fôste ó IU TUB?’ Peraunta minha negatiba cuntinuou: ‘quiéquilu da Lareira?’
Pois era berdade, num saltei á fugueira, mas u Som Juom acendeunus a lareira.
Istu é, algum maduru, que nus últimus anus terá tidu acessu à grabassom (lêmbru que pa nós era um dus temas fortes du albu Iblussom, que istábamus a grabar, i um dus que mais embiámus pur aí ós Á-ERRES das discugráficas) se tinha dadu ó trabailhu de subir um quelipe dessa bersom renegada purus Doors. Ó Nuno (Markl) agora já num é segrêdu. Bai u pôbu ficar satisfeitu pur pudêr boltar a oubir a cansom na NETE. I nós até bamus dar umàjudinha. Ora aí bai...



Seija cumu fôre, prumêtu que oije treminu a parte 2 du cuncertu do Batalha (Orlando Mesquita i Vozes da Rádio).

sábado, 23 de junho de 2007

200 Kilus d'Amôre em istúdiu



Orentom muito bom dia. Sim, cu meu já cumessou á (com agá) mais duma hora, cus 3 putos acurdaru. Inquanto tentaba acurdare e culucaba um bideo duma demonstrassom du nobo saite da impresa du Álvaro (lesse Álbaru) num gabeto da Internete onde alugámos um armazenhe digitale (antes que me moam u juizu e com razom, u saite du Serjom tamenhe tá ser feitu e fica amanha (ó depois pur causa do Sain Juom) a demo nu mesmo armazenhe) eu bi que algum outru trabalhadore deixou lá um registu du mumentu da perda da birgindade, da fundassom desse grande duo romântico JJ (Jorginho e Joãozinho) a interpretar 200 Kilos d'Amôre, tema du orgulhosamente nosso albu Iblussom.

Nom se oube a letra toda (compra u disco, ó xourissu) mas dá pa bere a dibersom que foi esta (cumu todas as outras) grabassoes. U pianu (de rabu) fica a cargu du brilhantíssimo Jorge Filipe cumu sempre, inquanto a boz foi serbida pureste que tantu buzistima. U Serjom tabàssistire (antes de tocar os timbales dorquestra) i u Meireles taba cu telemóbel na mom a filmar u ibento. Ós butões taba o João Bessa nuzistúdius du Mário Barreiros.

Dibirtom-se.

Juom

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Vozes da Radio nu Plano B, com Mafras i tudu


Auntes de cuntinuar cua saga de filmes du Batalha i ópois du Maxime (prumêtu que bai ser prôntu) teinhu que deixar aqui u testemunhu da minha ispriência religiosa donte.

Onte, tal cumeles mêsmus anunciaru nu seu belogue, oube (com agá) cuncertu dapresêntassom du Sete e Pico, u nôbu álbu das Vozes da Rádio (eu xámulhes Bozes, prós amigus), i tucoume ir defender a camisola, ou milhor, u xapéu (de pailha) da minha culaburassom nu discu. Taménhe fôi u Newmax, que mustrou cu que se oube nu Ouriço, num é acasu, mas sim muintu talêntu de transfurmar algu, muintantigu, ainda que intêmpural, num pedassu darte cumtêmpurânia...

I ainda... fôru us Mafras, us berdadeirus: us das Tripas à Portuguesa, que abriam u álbu "Trip's à moda do Porto", dus Trabalhadores em 1981. Ber i oubir aquele punhadu domes, que na sua maiuria rôndam us 80 anus a cauntar cuaquela alegria, própria da sua música, que tantu influenciou u ipíritu das Bozes i dus Trabs, i marcou tôda uma épuca, foi sem dúbida tôda uma ispriência religiosa.

U cuncêrtu? Impecábel, cumu num pudia ser menus. U sítiu, altamênte.Tamém queru ir lá tucar cualquer día, ó planu B.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

U primeiro quelipe do cuncertu du Batalha


Rebobinaundu ò pa trás, i cumu prumetidu, aquistá u primeiru quelipe du cuncertu du Batalha, nu pasadu dia 8 de Junho. Nêste, á Blus cua Diana Basto, Régui cu Newmax, elas i u Manu, o 'Pom' cua Marta Ren, meia dose de 'Pulíssia' cu João a darlhó bacalhau i u 'Binde ber istu' cu magistral solo do Jorge, nu orgu Amond (semiar), a isuberância du Manu i elas à pesca da Garoupa cá cu Je. Du balaunso du Miguel i da pedra du Alvaro, nem faz falta falar, é só sintunizar a ureilha.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Crónica duma biaije (I)


Pois la fômus nós, lansa em riste, tentar a inbasom da capital du reinu.

Era Cuarta Feira dia 13, dia de SantAntonio, i fazia um dia rialmênte miserábel. Dêsde manhàzinha que me intretibe a lebar moilhas seguidas nu pêlu.

Fui à assuciassom Comercio Vivo, para uma riunióm final sôbru cuncertu du Batailha i... ganda moilha, saí do idificiu (belíssimu, pur certu) i ... mais uma moilha.

Fui au iscritas du João, buscar us aderessus pa lebar pa Lisboa i... toma lá sôpa. Ó sair de casa cuas guitarras i a mala, mais sôpa.

Ó carregar u carru nu istudiu cua 'mala' i a farpela du Álvaro, mais água nu canastru. Rialmente as que me cairam cuandu fui buscar u João i u Jorge a casa, já nem as senti, tal era u meu istadu osmóticu. Cuandu Miguel introu, num chubia... Até me senti incómudu...

Pur tudo istu, i u adiantdu da hora, íamus 5 tipus caladus dentru du 'bote' (com a cuantidade d'água que caía, mais nus balia ter idu a remus), até que (milagre!!) me lembrei de pôr a tucar u 'Sete e pico' dus Vozes da Radio. Ó pá, em 3 minutus u sêmblante da maralha mudou radicalmênte i foi a festa até chigar à Mialhada.

Uma saundes de leitom depois, cuntinuamus pa bingo cum este iscelênte albu cumu banda sunora da biaije. Assim que meus amigus, se já cumprarom o Iblussom dus Trabs, tá tuda cumprar o Sete e Pico das Vozes, pois a obra é de géniu. Estes tipus som mundiais i é incumprensibel que num passem u tempu na radiu i na telebisom. Mas Portugal é assim, i a malta gosta de ser tratada em manada, por issu toma lista i caunta a du questume.

Serjom

quarta-feira, 13 de junho de 2007

U aquecimentu pró Batailha foi dureza

Indá quem aiche quisto da música é pera doce. Isso é um mitu sem fundamentu! Beijom pur isemplu u aquecimentu du pessual das Vozes da Rádio, mesmu antes dentrar em palcu, pelas mons dessa grande boz e tamenhe fisioterapeuta (mesmu) Diana Basto.

Esta, saqueia du belogue das Vozes, de entre umas tantas outras fotus de grande criatibidade e umore. Podem ler (à capela) sobre u cuncertu nestes dois posts (palabra inguelesa)

Ainda a Ibluir e Dia Calmo.

Entrementes, u discu das Vozes já tá à benda, i segundo me disse u Serjom, é absolutamente fabulosu. Eu num oubi ainda, masacreditu nu que me dizu omem purcus gaijus ó bibo i em discu cunosco foru fantásticus. Toca a cumprare malta! Toca a cumprare!

Juom

sábado, 9 de junho de 2007

U setripe cumpletu


U miudu adiantousse, i imbora me tibessem informadu du sucedidu às 5 da madrugada (a Diana, a minha filha, está completa i irremediabelmente cuntagiada pur esta loucura culetiba qué a atibidade dus Trabalhadores i u primeiru que fêz au chigar a casa, fôi ir pá NETE), eu istaba nêsse precisu instaunte a terminar u que tinha cumeçadu nu palcu du Batailha, durante aquêle mumêntu, talbêz u mais 'baixu' da minha curta carreira de atôr tiatral, em que incuantu a Diana Basto me xicutiaba compulsibamênte (i com prazêr – “o prazêr foi tôdu meu, minha sinhôra”) eu ia sacandu a roupinha i mustrandu us meus atributus físicus, cubertus da penuige que me arburiza a 'casca'.

U cum home tem que fazêr pa ganhar a bida i u perdom da cunsorte. Sim, purque ca tua mulher te beja i futugrafe a dois metrus, a ser sudumisadu por outra (i em públicu) só se redime com um Xou pribadu i sem censura. CUMPELETU. Tchh, qu'ela taménhe fez a sua parte i cum briu. Enfim, uma noite inesquecíbel.

Num teinhu palabras para descreber, nem págradecer ós i ás que, dessa forma tam incundiciunal, nus acompanharu nu izíguu, mas sufeciênte, palcu du Cinêma Batailha. Que digu? Essa gênte é que foi rialmênte u ISPETÁCULU, puru mêmus pa mim, que me deliciei a tucar i a cauntar para essas fenumenais bozes: Newmax, Vozes da Radio, Marta Ren, Diana Basto i Orlando Mesquita. Que luxu, pessual.!!! I que dizer du Manu i da forma sublime (pur isuberante i discreta au mesmu têmpu i a seu têmpu) com qu'inriqueceu uma cuantidade de temas. Cumu bamus pudêr tucar sem êle daqui pa diante? Num bamus Manu, tás à pega! Purque cum elas já sabêmus que pudêmus cuntar. Aquilu é que som um par de gaijas cus tumates nu sítiu.

Pa quem num tinha palabras, já me tou àdiantar pa caragu, assim que bus bou é dar umas fotus, pa que possam recurdar us que fôru i pa que roiam as uinhas us que num tiberu lá. Num á nada que num se resôlba cum Padre Nossu i três Abé Marias... Mas de juilhinhus, bá lá! Pa isfular, cassim pá próssima tôdus na primeira fila a cantar us 200kilus i u Cu ó léu. Pois, i u Chamem a pulíssia taménhe.

ora aí bom as fotus pro deleite da maralha. Fotus dus Vozes ó cumpletu num á, purca camara deule u badagaiu nu mumentu. Du Manu taménhe só ó fundu. Assim que a quem possa mandar algu, a malta agradesse.
Serjom

Nu Batailha foi du CARBAILHO

Som quatruital da matina, taba na camàrebularme (sozinhu ca patroa tabà durmire) mas nom cunseguia adormecere.

Doimas costas de carregar o bacalhau no Batailha pur duazoras ou mais, a tucare cu agrupamento musical que mantenhe este belogue, i maizus cumbidadus inacreditábeis que nuzagraciarom cua sua presensa: Vozes da Rádio, Diana Basto, Marta Ren, Tiago "Newmax" Novo, Manu Idhra, e Orlando "Kingsfisher" Mesquita. Esta gente é o fim du mundo em cuecas, man! Que músicos!

Teinhuns palitos a segurarmas pálpebras pa puderescreber, mas a minha cabessa num cunsegue parare de pensar nu mágnifico público que nus recebeu de forma absolutamente alucinante e que literalmente me deixou cua lágrima nu cantu do oilho (o 200 Kilos D'Amôre foi pussibelmente u mumento maizalto da minha carreira musicale e que me deixou a churare às iscundidas nu palcu - ganda paneleiro dirom alguns, mas um home nué de ferro, carbailho!).

Esta maginfica màssoumana , catapulnou-nos a todus, incluindo us nossus cumbidadus de luxo, pa uma performance (palabra inguelesa) de grande níbel, que a mereceu a cambada toda.

Foi aquilu a que se pode chamare um CONSERTOM!

Mais daqui a bucado, o Serjom (ganda músicu!) ádescreber das dele, e de porumas futugrafias aqui neste saite.

Depois, Maxime, aqui bamos nós. Ponhom a cabalarià porta.

Juom

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Festibale da Cansom, 1986

Esta mandou-nus u filhu du Álvaro (lê-se Álbaru) oije, i é uma biaje nu tempu de mais de bintanus. Remonta ó anu de 1986 quandu us Trabalhadores apresentaru ó país a mais séria hipótese de ganhare u Euro Festibal, mesmo a tucar pipas i máquinas discreber. Mas assim nom u quiz u entom directore da RTP, Melo Pereira, que desimpatou um impate técnicu nus botus du pessual du Jure.

U resto é história, i istu é um achadu daquêles mesmispeciais. Curiugrafia de João Lima, assassinada purus três Trabalhadores. Eu em particulare indera mais pequenu cus outros dois. Já xubeu!

Gostu da maneira cumá letra da cansom descrebe u própriu festibale, i cumu cunseguimus fazere passar frases cumu "Se o que queres é dar no olho" sem lebantar suspeita, istu numaltura em cu iscrutíniu era a palabra dordem. Isté qué sexu às iscundidas!

Dibirtom-se

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Óblá ó Chouriço!

"Gostas de pop bonitinho? Entom compra outra coisa!" diz o Serjom cu milhor sutaque possíbel. Depois bem a grande boz do Celestino Alves (aixo eu, i sem desfeita pó bucalista du conjunto). Este é o sepote de Tê Bê dos Trabalhadores que já tá a rudare na TVI. Aqui fica pra mais bisualizações.

domingo, 3 de junho de 2007

Ó bibo no Manteca Jazz, Vigo


Onte foi ganda dia. Primeiro purque chêgas a Vigo (lêsse Bigo), põins u radiu nus 40 Principales i, de repênte, iscutas a tua música a passar na telefunia Ispanhola... i issu ‘mola’, cumu diz aqui u pôbo. Depois u pessuale diz que te biu na TB a ser intrebistadu sôbru cuncêrtu de logánoite.

Saunde-cheque às 6, ora lucale, mais coisa mênus coisa, cu Pedro Rangel ós butõins i, de seguida, uma ganda jauntarada no El Rojo (impussíbel ispelicar a funética distu) cum polbo, peixinhus fritus, pimêntus de Arnoia i uma binhassa de partir a cabassa (Dabide de Cêpa Albarinhu – cum muintu gôstu...).

Quelaru que u culminar da noitada foi êsse cuncertu de duas oras, perante um Manteca à pinha i uma assistência intregada que cantou afinadamênte u ‘Cu ó leu’, u ‘Chamem a pulíssia’, ‘Binhu garrafas de binho’ ou u ‘Taquetinhu ou lebas nu fucinhu’. Nuns dias temus uma amostra en bídiu.

U Manteca é um ícunu da cidade i, lamentabelmênte bai abaixu u edifíciu ainda este Brom. U Gonzalo i u Justo som dois grandes omens, que anu atrás anu, bom ‘distribuindu’ cultura à cidade i que apôiam, cumu poucus, u Jaze, u Blus, u Roque, a Salsa i afinale a música em gerale que se pratica na Galiza i em Portugal. Probabelmente foi u primeiru i u últimu cuncertu dos Trabalhadores nessa sala.

Pior que incompetência é falta de ética profissional

A idade tem efeitos fantásticos na psicologia das pessoas. Por exemplo, o post do Sérgio a um artigo sobre Iblussom demonstra a diplomacia que a flor dos seus 50+ anos, 40 dos quais a fazer música profissionalmente, lhe empresta.

Eu sou 20 anos mais novo, e por isso mais impetuoso, lamentando não ter o espírito de alguns dos meus ídolos musicais, que com a minha idade resolviam certas indignações à cabeçada, porque francamente, por vezes essa parece ser a única maneira.

Como prefiro a musculatura intelectual que venho a desenvolver nos últimos 35 anos, da qual muito me orgulho e para a qual continuo a trabalhar afincadamente (até ao dia em que a máquina pare), uso este magnifico meio de democracia intelectual que é a Internet para dar as minhas cabeçadas. E aqui vai outra:

No artigo a que se refere o Sérgio, Davide Pinheiro, um miudo de 25 anos que escreve no Grupo DN sobre música, futebol, dinheiro e provavelmente outras coisas, e parceiro de escritório no Disco Digital de um outro intelectual desta praça a quem dediquei algum do meu tempo, alerta para a "debilidade" do novo disco dos Trabalhadores, e não hesita em classificar de "negativa" a evolução de cada um dos seus elementos enquanto músicos. Como no caso do seu companheiro de carteira, o restante da crítica é vazia de análise musical, limitando-se a um ataque feroz, ainda que inofensivo, aos Trabalhadores do Comércio, talvez motivado pelas minhas reacções ao jornalismo do Disco Digital. Hei, talvez seja este o inicio de uma daquelas guerras travadas nas trincheiras dos media, uma espécie de cruzada no século XXI. Mal posso esperar!

Claro que poderiamos dizer que a Davide falta a maturidade para fazer afirmações desse género; Afinal, a evolução dos Trabalhadores começou em 1980 ainda o rapaz nadava de quilhão para quilhão, como costuma dizer-se na Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta. Mas tal seria uma injustiça para os muitos maduros de 16 anos que a reconhecem.

Poderíamos ainda perguntar se Davide procuraria um disco em 4-4-2, com os médios ala a subirem no terreno, ficando depois desiludido pelas poucas referências feitas ao futebol durante a nossa obra, tornando-a por isso difícil, se não impossível, de compreender.

Ou podemos concluir que somos um país com tantos músicos de cagadeira e produtores de discos domésticos quanto treinadores de bancada, no caso de Davide e de outros com acumulação de funções. Provavelmente, todas estas teorias serão válidas.

Mas a análise mais intuitiva, afectada seguramente pela imaturidade dos meus 35 anos (com 50 de diferença em relação à experiência de vida dos jornalistas em questão) é a de que à falta de qualidade jornalística do Diário Digital, amplamente referida e discutida na blogosfera, há que juntar falta de ética e de zelo profissional, a somar a uma arrogância inadmissível a quem vai ao pito há tão pouco tempo.

Até ganharem tal estatuto (para o que terão de adoptar outra postura profissional, aceitem um conselho de alguém mais velho e por isso mais sábio), Davide Pinheiro e sus muchachos poderão continuar a visitar o terceiro anel, e apreciar, de binóculos, o seu clube a perder títulos para os demais participantes da liga de futebol, e vingarem a sua frustração em tudo aquilo que orgulhosamente saia deste burgo, em especial aquilo a que outras massas cinzentas, essas sim merecedoras de grande respeito por terem um estatuto amplamente reconhecido (Carlos Feixa, Álvaro Costa, Nuno Markl, Luis Silva do Ó, etc), dedicam tinta e tempo para descrever qualidade e inovação.

Juom

Nova crítica, desta feita desfeita


Aí tendes uma nova crítica, saída da 'pena' de um tal Davide Pinheiro na revista Sábado, integrada no JN de 2 de Junho. Por mais que me esforçasse, não consegui o 'link' para que podais comparar com as restantes divulgadas em anteriores 'posts'. "Sim, porque o importante é que falem de nós, ainda que seja para dizer bem" - profundo pensamento cujo autor não recordo.

O 'mistério' podería ter uma explicação fisio-anatómica, justificada pela comprovada inconsistência do standard auricular, isto é, a conhecida variedade de pavilhões auditivos nos distintos indivíduos que compõem a raça humana, mas cremos que simplesmente é uma questão temporal. E por isso mesmo quero dedicar a ESTE assunto o mesmo tempo que o autor da tal 'crítica' terá dedicado a ESCUTAR o álbum e, principalmente, o CD IBLUSSOM.

Até porque não se pode dar grande crédito ao que opine um tipo que se chama Davide (com E no fim), já que, da vide o sumo atrofia qualquer cérebro, se consumido em excesso.

Que venha o seguinte...

...e acima de tudo que nos venham ver (e ouvir) ao Cinema Batalha no dia 8 de Junho
Serjom

sábado, 2 de junho de 2007

Trabalhadores do Comercio ó bibu 2 de Junho


Rapazes i raparias de Vigo i arredores, é já oije, logánoite, que tucams nu MANTECA. À meia noite i algu. Num falteis ca festa indagora cumessoue!!!

CRÓNICA BRASILEIRA CUMEMURATIBA (só pra ispecialistas bersadus em Nortense normatibu)



A figura junta num é uma felôr isótica nem nada dissu. Num é nada extraterrestre i menus itergalaticu. É simplesmente um 'bichu' bem conhecidu, plumenus pra mim. É uma 'Salmunela' (Salmonella typhimurium).

Pois cumemora-se oije, 2 de Junho, um anu sobre u dia em que finalmênte bislumbrei u futuru, ou seija, bi a luz ó fundu du túnel. Sim, faz oije um anu em que fui autorizadu pura minha médicomiopata a cumer arrôz, depois de ter passadu binte dias binte, a cumer raizes e a beber água (pior que na 'jaula', có menus te dom pom). É ca dita, nom a médica, a Salmunela – Salmu prós amigus – deixoume mêsmu nu ôssu. Purissu, decidi aprubeitar a upurtunidade que me dom us meus cumpanheirus de belogue, para cumemurar a ifeméride. I, pra tal, u milhor é bultar a publicar a istória, tal cumu a cuntei nu saite dus Trabalhadores, nu mumentu adecuadu.

Auntes, gustaría de deixar bem isplicadu, cu ospital nunca me mandou u relatóriu médicu, a mênus queu apresentasse um pedidu furmal du meu médicu de clínica geral. Cumu siu tal relatóriu i a saúde num fosse meus. Tamém deixar aqui iscarrapachadu que a ASAE (na sua incansábel atibidade inquisitória), apesar das minhas reiteradas denúncias, num fez rigurosamente NADA pra inbestigar u sucedidu, alibiar u meu sufrimêntu i menus ainda pra sanciunar u istablecimêntu uteleiru.
Entom, lá bai:

"Fui a Lisboa à noite, passei nu Russiu, numa noite sem friu. Até parece que tou a cantar u belhu ‘Chamem’. Nada dissu: desta bez a coisa foi muitu mais séria i quandu dei pur ela, já só restaba chamar ou us bombeirus cuma ambuláncia, ou um taxi.

…Acabei num ospital ali ó ladu da Praça de Espanha.

Canssom? Já tenhuma ideia pra ela. Num perdem pura demora.

Porquê? Porque tibemos a brilhante ideia, eu i u meu cumpanheiru das lides musicais dus últimus 31 anus (cuase nada) de sentar u cu na isplanada da Brasileira. Istu pra que se saiba i se poupe a outros as oras de sufrimentu a que fui ixpôstu. Pedimus que nus sugerisse um almossu rápidu (gandideia) i u únicu ca simpática garôta nus ofreceu foi uma omelete cum queiju, fiambre i batatas fritas.

Cunfirmadu u pedidu – até purque tínhamus bistu có gaiju du ladu, com ar bastante intendidu pur certu, lhe tinhum acabadu de serbir precisamente ISSU – isperamus pacientemênte u ‘almecinhe’. U que já nus chamou àtensom foi u factu du pratu du bizinhu boltar prá cuzinha práticamente intactu. ‘Se calhar num gosta dóbus, pensei’.

Intretantu, as nossas omeletes tinham chigadu, lindas i amarelas, cuma apresentassom pra turista amaricanu, cumu nem se puderia isperar menus duma isplanada tam imblemática, iternamênte presidida pur um dus seus clientes mais ilustres i unibersais.
Por aí das cincu i meia da tarde a tripa cumeçoue a duer i abia grande rebôlu lá pur dêntru. Num bou cuntar us ipisódius cunsecutibus, porque francamênte som impróprios prà ucasióm.

U que sim sei é que acabei nu ospital, que pra cúmulu tinha u nome de Curry & Cabral. U Cabral era u menus, agora u curry acabou de marruinar u bandulhu. Duas garrafas de sôru mais tarde, cundimentadas cum tôdu tipu de antibióticus, antipiréticus i julgaté que algum anti-piróquicu (pois fiquei mais du que uns dias que num se me lebantabum nem as pestanas), cuntinuaba a tremer, a gemer de dôres nas tripas i a ter que gramar u camêlu du ladu que ressunaba cumum barcu a bapôr. U ‘animal’ tinha metido 60 xanax ou coisa p’lu istilu i tiberum que meterlhe um tubu pla penca. Ainda lhe sugeri que se se queria matar, lhe ficaba mais equenómicu ir cumer umomelete à Brasileira, mas creiu que nem moubiu, tal barulhu fazia a ressunar.

U pobre du Álvaro (lê-se Álbaro) aguentou cumum balente até à meia noite cuandu, num rasgo de lucidez, me lembrei qu’ele taba na sala de ispera, sem cumer nem durmir. É caquele ospital era um luxu, i intretantu ele tinha feitu um ixcelênte trabalhu ixplicando à maralha cainda que me tibessem bistu naquele estadu i que, au intrar, lhes tibesse caidu em cima a alguns dus presêntes, eu num era um ‘janki’ qualquer. Era um tipu respeitábel, que tinha sidu apanhadu pur uma salmunela, na Brasileira, nu interbalu entre duas intrebistas prumuciunais au nôbu discu que tínhamus bindu buscar à fábrica. Creiu que ficarum cunbencidus quéramos uma orquestra de música brasileira, com uma cantora chamada Salmunela (caté nem é feiu u nome, bistu u cá oije pur aí) i queu tinha apanhadu uma ganda nassa, durante a celebrassom da publicassom du nossu primeiru discu. I ésta Hem??

Ipílugu
Num sei cumu, nem que santu majudou, mas cunsegui chigar até ó Pôrto. Nesta altura creiu ca salmunela cumessou a tratarme cum mais respeitu. Daí já me arrastarum até Vigo (lê-se Bigo) i aqui istou prustrado à mais de uma semana, sem pudêr cumer tripas, cuzidu ou um simples bife cum alface i um obu a cabalu. NADA. Teinhu as funçôins tôdas trucadas i saiem-mus líquidus pur donde num debem, mas parece que ainda num foi desta que puderum cumigu. Ou seija que bai haber mais CDs.

Nestas alturas de reflexom, em cum tipu num sabe se sai desta (um dus médicus que me atendía, surprendidu cua febre que num paraba de subir, chigou a ixclamar ‘este tipo não sai daqui hoje’), bem-nus à cabessa tôdu tipu de pensamêntos: se algum dia me irigissem uma istátua gustaba que fôsse a de uma figura agachada atrás de uma árbore, nu meiu de um dus poucus parques que resistiróm na cidadônde nasci. Que num me ispartilhem entre as 4 paredes de um WC públicu, já que a minha apurada sensibilidade ulfatiba me faria a ‘bida’ impussíbel.

Antes u INFERNU!!!
Serjom

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Um batarista maneta num é impedimentu

Acabado u ensaiu doije nu qual ficamus a sabere que quase ficabamus sem batarista (o home malhou abaixo dum iscadote nu istúdiu de grabassom i ia partindum braço - mas fica-lhe bem a ligadura que lhe puzeru nu hospitale de Matosinhos), e depois duma tertúlia cum sabore a nicotina que mantibe cu magnifico pianista quintegra este agrupamentu musicale, boltei pra casa pa durmire, mas nom sem antes ber u meu imeile.

Qual nu é u meu ispanto quando beijo um forward (palabra inguelêsa) duma crítica a Iblussom, desta bez iscrita pur o jornalista Carlos Feixa para u magazine digitale Divergências.

Nela se diz, entroutras coisas, que se debe "ouvir com atenção os restantes temas, todos eles com pinceladas de caricatura social. Alguns são uma delícia. Para além do promocional "Fêbras de sábadà noite", há por aqui muita matéria para ser êxito. Espero que as rádios estejam atentas a temas como "Loucu", "Cú ó léu", "Binde ber istu", o próprio "Iblussom" entre outros. É um regresso aos anos dourados."

Esta das rádius tem grassa depois do post (outra inguelesada) que fiz sobre a matéria radiofónica.

Mais se diz na dita crítica que "fiquem de olho nestes "gajos do Porto" e "binde ber e ouvir isto, quié um casu nunca bisto". Não deixem de ouvir "Iblussom", levem convosco o pacote (2 cds) para casa e deliciem-se com este excelente disco de música portuguesa cantada em "linguagem nortenha". É a pronúncia do Norte bem viva."

Ora muitu nuzapraz quiu pessoale coubudiscu goste du produtu - é que nus deu um trabailhu du carassas a fazere, com sangue (du brassu du Álvaro), suore (de todos, damus mesmu litru), i lágrimas (de risu).

Agora bou pá cama, càmanhã é dia de pica boi.

Juom

quinta-feira, 31 de maio de 2007

O fim da rádio



Oràquibai maizuma eixelente repurataige (carrega na imaige pra ber) repescada dum belogue (Rádio em Portugal). Neste artigo, produzido pela Canadian Broadcasting Corporation, uzautores analizom u futuru da rádiu tradiciunale, e num lhauguru grande sucessu. Tudu isto pur causa dos belogues (biba eles), os podcasts (candamos a pensar fazer há muitu tempo, mas ca bida nom nus tem permitidu), e outras mudernices deste marabilhoso mundo da Inter Mete. Beijom que bale a pena, e da próxima bez que tejom presus nu traunsito a oubir rádio fórmula (a única quiziste em Portugale), cunsiderem troca-la por meius que buzabrom uzorizontes.

E assim, se quizereis saber mais coisas sobre a forma cumu buzandom a comer a cabessa, i u que fazere para currigir a situassom, beijom u cus futuristas aixom desta merda toda

Juom

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Discursu direto




Ora beinhe, u pessual dos belogues cuntinua a trabalhare, e a fazere o papele que muitus jurnalistas num cunsegue fazere, quié intrebistar o pessoal i iscreber histórias cum assunto.

Um destes autores foi o António Manuel Almeida, do Peso da Régua, quiscrebeu o seguinte artigo, cum intrebista em discurso directo i tudo, no Portugal Rebelde. Maizuma achega na fugueira i maizuma upurtunidade de saber um poucu mais sobre u Iblussom.

terça-feira, 29 de maio de 2007

a minheistreia



Boume istriar neste belogue i boume istriar puru princípiu. Ou cuasi... Nasci em 1955 i, 13 anus mais tarde, u meu pai, canda pur aí finu cumum pêru, assinoume um papel pró Sindicato dos Músicos, pra que me desse u equibalente à carteira prufissiunale. I sabem pra quê? Pra puder tucar ó bibu com este fabulôsu cunjuntu de nome Tijolo. Esta gandabanda, que foi piuneira em tucar nas igreijas u roquenrole (nus 60s) cu bispo António na pelateia i tudu, ganhou um cuncursu da Radio Renascênça nêssanu de 1968 i u prémiu – imaginem lá u nunca bistu – era grabar um singuele em binile. Só que muntámus tale cunfusom de grêlus nu istúdiu du Fernando Rangel (ganda prufissiunale), ca banda tôda foi currida pêlus tipus da Vadeca, antes de treminara grabassom. Mas a ispriência foi inolbidabel, irrepetíbel i até traumática. Na fotu, us 6 magníficus qu’integrabu u TIJOLO, onde se pode recunhecere o Xico Gouveia (u home que me abibou a memória, http://www.guitarrasdeportugal.com/ ), u Alberto Jorge, esse pedassu de baixista i aqui u bossu amigu du peitu, cuju peitu izibía a insígnia du agrupamêntu em questom. Us restauntes eru u Nelu, u Zé Rosinhas i u Gaspar. Nunca mais us bi a estes. A ber saparecem.
I agora digum lá: Oube ou num oube IBLUSSOM nêstes (... ooops!!) anus?

sábado, 26 de maio de 2007

Quando a vida vale a pena

Que me desculpem os puristas, aqueles que esperam que se escreva em nortense neste blog e se use a língua de camões noutras ocasiões, mas a verborreia que se segue (filosófica à minha maneira) é um real e honesto desabafo, escrito com outros orgãos que não o cérebro (instrumento que teria de usar para escrever em nortense, uma língua de tal forma erudita e rebuscada, que me removeria da minha intensão de me concentrar no que me diz o coração (curassom, para os purístas)). Por estar a escrever em estrangeiro, perdoem-me qualquer imprecisão ortográfica.

Binde ber istu (esta é propositada)

Num mundo globalmente adormecido pela previsível (e confortável) máquina do capitalismo, onde os produtos, os empregos, as rotinas e as vidas em geral são demovidas de qualquer sentido, é demasiado fácil procurar culmatar essa lacuna com uma ainda mais intensa viagem de compras, por sabermos(?, ou talvêz ?!) que um novo super-carro ou super-relógio, ou super-plasma nos trarão mais sentido à vida.

Alguns de nós acham que a coisa não é bem assim e tomam decisões, por vezes custosas (e muito, que o digam os meus), para escapar da engrenagem e encarar o Universo em todo seu explendor. Quando tal acontece, demoram-se uns meses (ou talvez anos) a encontrar uma nova ordem na vida e a desenvolver a atmosfera pessoal necessária para nos proteger das agressões de que nos pode proteger o capitalismo ao preço de vida própria apenas (está em promoção, ajulgar pela adesão à ideia). Em suma, voltamos a ser crianças.

Menino de rua

"Ainda eu era pequenino, acabado de parir" sonhei que queria ser músico, ideia que mais tarde abandonei por achar não ter o talento necessário para me afirmar numa terra de bacocos, dominada, na altura da minha decisão, como agora, pela gloriosa máquina Pimba (e pisca pisca - gaja boa e nada mais, um pouco como o pop USA que passa nas rádios e TV de hoje).

Foram precisos 15 anos para eu me reconhecer algum talento, e redescubrir uma coisa ainda mais importante: uma vontade inabalável de o fazer, contra tudo e contra todos, mas a meu favor, e a favor daqueles por quem me interessa lutar!

Decisão estúpida atrás de decisão estúpida (segundo a opinião de muitos), acabei a gravar um disco (Iblussom) com os Trabalhadores do Comércio, essa força criadora que para alguns dos leitores é um grupo músical, mas que para mim é parte integrante de mim próprio, uma espécie de terceiro braço (achei que segundo pénis, ainda que fosse uma metáfora mais rigorosa, retiraria seriedade à crónica e faria tocar o telemóvel muitas vezes). Como devem compreender, a minha experiência com os TC começou em 1980, tinha eu 7 anos. Isso, e o que se seguiu, marcaram a minha personalidade de forma irreversível.

Ardenmus olhus

Já enterrado até às orelhas no projecto (disco na rua, uma ou outra altercação com jornalistas pseudo-intelectuais) mas sempre seguro da qualidade de Iblussom, e da inegável realidade de que os TC me dão a oportunidade de ser eu próprio a 100%, como só a minha outra família me dá, dei com uma crítica a Iblussom onde se diz que

O novo disco, sobretudo o CD de inéditos, merece ser bem escutado – e, de preferência, com o volume elevado porque isto é mesmo os Trabalhadores do Comércio em formato "evolução".

Num email que mandei a alguns amigos afirmo que

"Este é provavelmente o cumprimento mais modesto que nos prestam na crítica. A partir daí a coisa fica mais séria, deixando naqueles que a provocaram (os TC) um sentimento misto de regozijo, êxtase, desconforto e ardor nos olhos, como diz a canção, mas desta vez por causa das lágrimas."

Isto é realmente o que sinto, e julgo que o posso dizer vezes 6 (contando com o produtor Nuno Meireles). Mas daqui há lições a retirar, que é o objectivo deste alargado post que seguramente provocou nos leitores a esperança de que eu continue a gravar discos (independentemente da qualidade) desde que pare de escrever em blogs ou em qualquer outro sítio que não seja a minha agenda pessoal - é A4.

Ganda nagócio

"E num quero ter outra surpresa, bibo a bida com outra certeza, e se quero lagosta na mesa...", faço o que gosto de fazer, que no seu tempo o Universo há-de responder e o crustáceo vai acabar mesmo entre os meus dentes. Até lá, lagosta só se for o vinho, e o cheiro de marisco nos dedos tenho que o encontrar de outra forma (com mais prazer, admito), mas sempre com um enorme grau de felicidade porque mais uma pessoa (Luís Silva do Ó) percebeu plenamente o que quizemos fazer com Iblussom e o explicou melhor do que nós poderiamos, para quem quizer saber mais sem comprar o disco.

Acreditem no seguinte: Façam como eu e assumam aquilo que gostariam de fazer e vejam com interesse o Universo a responder, porque todas as feridas que ganharão no processo vão ser medalhas de guerra de generais em potência e ascenção. Depois, quando as resposta positivas aparecerem (e isso é inevitável) sentirão que, sem qualquer sentido possessivo, o Universo é vosso, mesmo que pouco ou nada tenham. Assim, a vida vale a pena!

Juom

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Cumbersas de bastidores

Oraístom umas intrebistas recentes que noses demus a duas presonalidades da rádio portuguesa.

A primeira (oissom aqui em formatos Windows Media ou Real Player) foi com a Salomé da RDP Internacional á coisa dumas semanas pó pugrama Conversa de Bastidores. Som uns 5 minutos de tertúlia que nos deru muito prazere e onde se fala um pouco sobre o disco, a nossa reuniom, uzatrasos du Jorge, e outras coisas ...

Já a sigunda foi cu Sérgio e o Álvaro Costa ( támém podem oubir em Windows Media ou Real Player), pó pugrama Porto Sem Abrigo da Antena 1, e bom 45 (curenticinco) minutos de músicol do nobo disco com cumbersa intressauntíssima, fabulosa, eu diria mesmu filosófica e línguística à mistura, como o Álvaro sempre soube proprocionare.

Aprobeito a ocasiom pra relatar um ipisódio que bibi cu mesmo Álvaro Costa nus beilhos tempos da Rádio Porto (aixo eu) em que na felore dos meus 14 ánus, o home me preguntou cumé queu bibia a cena das fãs. Ora beinhe, peraunte tal pregunta, achei cu milhore que tinha a fazere era dizere que num tinha fãs. Bom, cu microfone em off, o nosso manager daltura deumuma ganda piçada (entraspas, quelaro, e cum surriso nos lábius) e misntruiu a duma próxima bez dizere que abia transito curtado nas ruas de cada bez queu ia ó pom. Num aprendi, mas lembro-me do sorriso do Álvaro a cunfirmare quessa é quera a estratégia. Fónix! bintanus! Um abrassó Álvaro.

E se tiberem dificuldade em oubir as intrebistas por causa dos formatos, fassom como eu e comprem um Mac! A bossa bida nunca mais bai ser a mesma.

Juom

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Quando os porcos voam e os burros escrevem


Foi sem surpresa nem agravo que que li uma crítica (a primeira?) destrutiva ao disco"Iblussom" dos Trabalhadores do Comércio. Antes de mais porque acredito que, parafraseando Frank Zappa, a maior parte do jornalismo de rock é feito por "pessoas que não sabem escrever, entrevistando pessoas que não sabem falar, para pessoas que não sabem ler". Esta realidade é permeada por outras variantes de crítico que incluem a do músico frustrado e invejoso que não tendo conseguido atingir o nível profissional que gostaria na música, usa na crítica uma forma de estar, com alguma importância, no seio da indústria.

Em raras excepções temos contacto com o crítico profissional e competente, o real entendedor de música, capaz de analisar uma obra em função das intenções do autor e do estilo artístico escolhido para as materializar, podendo eventualmente complementar a análise com uma opinião pessoal acerca do impacto da obra na pessoa do crítico - generalizar para o público em sentido lato é, não só fundamentalmente errado, como até mesmo uma irresponsabilidade jornalística. O jornalista competente sabe-o, e usa o seu "tempo de antena" para descrever uma obra ao seu público, fornecendo com clareza dados congruentes que possam ajudar o leitor a tomar uma decisão acerca da obra analisada - procurar descobrir mais ou, alternativamente, riscá-la do seu mapa pessoal. Aliás, é este aparente poder que leva muitos bons críticos em potência a tornarem-se em maus críticos de facto.

Na dita crítica a Iblussom, o autor reconhece que "Rock e um corrosivo sentido de humor continuam a ser os dados lançados no disco", para em seguida classificar o disco como irrelevante, e com um sentido de humor "desprovido de real sentido". A forma como estas opiniões, evidentemente antagónicas, aparececem escritas pelo mesmo autor, no mesmo texto, separadas por 4 frases apenas, faz pensar que quem as escreveu considera que o seu público alvo não sabe ler (entenda-se analisar criticamente uma peça literária). Talvez tenha razão, em cujo caso a crítica é ela própria efémera e sem sentido já que não é esse o perfil intelectual do público alvo dos Trabalhadores do Comércio. Independentemente disso, é claro que Frank Zappa pensava neste tipo de escritor quando proferiu as suas sábias palavras.

Nesse mesmo artigo, o autor classifica ainda como pouco criativo o trabalho apresentado em Iblussom, referindo que "Musicalmente, a «Iblussom» (evolução com sotaque nortenho) traduz-se em popr/rock convencional, raramente com o mínimo risco ou rasgo de maior criatividade.". Naturalmente, isto denota novamente uma notável falta de capacidade de análise, assente num exclusivo enfoque na sonoridade como forma de expressão. Que acontece ao arranjo? E à composição? E às letras? E ao grafismo de um disco?

Orgulham-se os Trabalhadores de apresentar um disco rico em composição (são raras canções de 3 acordes seguindo a tradicional sequência harmónica I-IV-V tão comum no rock convencional), rico em sonoridades (Rock, Blues, Country, Raggae, Funk, World, com alguns passeios pelo Jazz), executado por bons músicos (pertencentes, e não, ao grupo), gravado e produzido competentemente, ilustrado brilhantemente, e suportado por letras, segundo o autor, e nisto estamos de acordo, de "humor corrosivo". Não será esta combinação rara, pelo menos em terras lusas? Não será este um indicador de criatividade notável, a que os leitores devem ter acesso para determinar se é ou não ao gosto deles? Que faltou ao autor na sua análise? Competência para a fazer?

Felizmente, Os Trabalhadores são, como dizem os ingleses da programação neuro linguística (ramo da psicologia que estudei), "internally referenced". Quer isto dizer que nos estamos mais ou menos a cagar para a opinião daqueles a quem não a pedimos. O mesmo não é dizer que deixaremos passar em claro jornalismo de má qualidade que afecte a nossa capacidade para atingir os objectivos a que nos propomos, daí esta resposta.

Os Trabalhadores reguzijam-se ainda pelas reacções que têm tido ao disco (via email) e aos concertos que têm vindo a realizar no norte de Portugal e na Galiza, e que alargaremos às demais zonas da península a partir de Junho. Essas são as opiniões que nos interessam. Esse é o feedback que realmente conta e que tem sido fantástico. Ouvem-se aplausos emocionais no final de "Iblussom", os risos durante "200 Kilos d'amore", e o entusiasmo generalizado do público no final de cada canção - na maior parte dos casos desconhecidas até esse ponto. São sinais de que o que fazemos é bem recebido, talvez porque é bem feito.

Por estes motivos, e talvez este seja um choque para o "jornalista" da peça em causa, ainda não chegou o dia em que é ele que determina a necessidade ou falta dela de os Trabalhadores gravarem um disco. Isso cabe-nos a nós fazer, e quando nos faltarem as ideias, gravaremos um sobre críticos de música. Aposto que dá um album triplo!

Até lá, o pobo é quem mais ordena!

Juom